sexta-feira, 30 de julho de 2010

Construindo boas relações

O papel do gestor público II


Reproduzo aqui matéria que publiquei no Jornal Expressão, em 30/07/10.
"Com o objetivo de esclarecer à comunidade é que venho a público novamente, através deste jornal em função da matéria publicada na edição do dia 23 de julho de 2010, pag. 14 intitulada “Esclarecimento à Comunidade Castilhense”, de autoria da Secretária Municipal de Educação e Cultura, professora Jussara Canfield Finamor.
O papel de cada um de nós hoje, principalmente de quem está na função pública deve ser o de promover o bem comum e de buscar um novo caminho para a melhoria das relações em nossa comunidade. Neste sentido é que faço sim jus à confiança que as pessoas depositaram em mim e tenho trabalhado não só agora, como desde há muito tempo por esta comunidade, em todos os sentidos e todos sabem disto. Em nenhum momento usei da imprensa para “tentar denegrir a imagem e a credibilidade de quem está trabalhando (...)”.
Parece-me que não foram lidos alguns trechos do texto que escrevi como: “Não quero com isso deixar de valorizar as pessoas, as ações, os esforços e as realizações da atual administração.”; quanto ao desenvolvimento do nosso município e a auto-estima de nossa população escrevi: “Não é só com paredes, pedras, asfalto, equipamentos e carros que se mede o nível de desenvolvimento, de felicidade e de auto-estima de uma comunidade; isto nos ajuda muito, (...)”; quanto ao orçamento não disse que era de 12 milhões de reais, disse que “no ano de 2004 o orçamento municipal girava em torno de 12 milhões de reais, hoje é de 28 milhões; dá realmente para fazer muito(...)”; quanto às emendas parlamentares faço a devida correção e não tenho problemas quanto a isto, elas existiam sim, mas não na quantidade de recursos que são liberados hoje, isto é que quis ressaltar.
Vivemos em uma democracia, mas parece que aqui não, pois qualquer coisa que se diga ou se escreva em relação a algum erro da atual administração como o que foi mencionado por mim com referência ao exagero da secretária de educação em dizer que as escolas estavam em ruínas, em estado de demolição, lá vem toda uma carga de acusações, revides e ataques que só se justificam pela dificuldade de aceitar o contraditório e pela falta de entendimento do que seja realmente a função pública nestes dias em que é preciso construir novas relações, onde cada um fale das suas realizações, sem a necessidade de desfazer dos outros, pois isso não condiz com um projeto de união, de integração e desenvolvimento municipal. E assim veremos as fotos do antes e depois do nosso município, não com a visão restrita do partidarismo e do fanatismo que acusa, afasta e desagrega, mas com um olhar histórico num horizonte amplo, coletivo e solidário, considerando as realizações de cada um, de acordo com o seu tempo e as condições que existiam e que cada grupo enfrentou. Se hoje existem melhores condições e muito se pode realizar, que bom para todos nós e para os atuais administradores que contam além desta quantidade de recursos financeiros e programas governamentais, também com um quadro de servidores municipais e com a capacidade e a força de trabalho de nossa população. Se não podemos elogiar o outro, também não tentemos destruí-lo e falemos de nós, das nossas boas realizações.       
Quanto a estas também teríamos inúmeros registros a fazer, mas não estamos aqui para estabelecer um campeonato de quem mais fez o que em nada contribuiria para o bem de nossa comunidade, desta maneira não. Importa para todos nós o conjunto de tudo o que já foi feito, nestes 119 anos com os esforços de todos. Ninguém faz nada sozinho e tudo o que se constrói é em cima de uma base já existente.
Assim encerro estes dois textos que escrevi, manifestando alguns entendimentos que tenho sobre o papel do gestor público e de alguns pontos que considero devam nortear as relações entre os integrantes de uma comunidade. Não tive e não tenho a intenção de polemizar e rivalizar com ninguém. Isso definitivamente não faz parte de meus sentimentos. Desejo sinceramente a superação deste episódio sem qualquer mágoa ou ressentimento, pois apenas expressei publicamente a visão contrária que tenho a respeito do que publicamente tem sido manifestado ao logo destes anos, não para denegrir e revidar, mas para dar mais amplo alcance a estas reflexões que precisamos fazer em nossa comunidade com o objetivo de superarmos tudo o que se constitua em dificuldades para que realmente possamos fazer uma caminhada juntos, no conjunto de toda a nossa sociedade e no natural revezamento e oportunidades que a democracia nos proporciona, respeitarmos a opinião e a construção de cada um.
Através destas publicações minha intenção foi apenas estabelecer um diálogo com os leitores e com a comunidade sobre este assunto e vejo que os resultados estão sendo positivos e que a população entendeu as minhas intenções, pelas repercussões e pelas manifestações que colhi, de diversas pessoas e segmentos. Obrigado a todos." 

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