quinta-feira, 15 de julho de 2010

Construindo boas relações

O papel do gestor público          
Ao comemoramos os 119 anos de emancipação político administrativa do município de Júlio de Castilhos é importante que façamos algumas reflexões sobre o fim maior de estarmos aqui, vivendo nesta comunidade e concluirmos que a finalidade de existirmos e vivermos em determinado lugar é progredirmos, promovendo também o progresso do lugar onde vivemos. Neste sentido sempre haverá pessoas interessadas em construir, sejam pessoas da comunidade, como cidadãos ou que assumam o papel de agentes políticos, em todos os tempos. Não há como construirmos algo sólido e duradouro, que atinja, sensibilize e convença, quando tivermos por base a destruição daquilo que outros já construíram, antes de nós, para exaltar aquilo que se está construindo no presente. Não há como destruir a história; ela é parte de um processo que faz com que estejamos aqui hoje e todos aqueles que alimentarem a idéia de que a história começa a partir deles estarão demonstrando toda a sua ignorância, ou do alto de sua presunção estarão subestimando a inteligência e a cultura de um povo.
Ao insistirem em destruir, em humilhar para se exaltarem, não conseguem perceber que a acusação permanente e a crítica destrutiva só afastam, gerando mágoas e destruindo as relações. Como pregar união, a integração e pedir apoio de todos? Como atender ao pedido da atual administração municipal para que todos prestigiem os eventos de comemoração do aniversário do município e outros eventos, se principalmente quando estamos presentes são feitos ataques como em um deles a secretária municipal de “educação e cultura” disse que encontrou em 2005 as escolas municipais “em ruínas, em estado de demolição”, pasmem. É de se admirar que uma pessoa, no cargo que ocupa, com uma função tão nobre, que independeria até de partido, pelo que representa no desenvolvimento de uma comunidade, tenha a facilidade de dizer uma grosseria e uma inverdade dessas. Ainda mais quando esta mesma pessoa, na minha frente, quando foi conhecer a estrutura da Secretaria Municipal de Educação, em 2004, diante da sua equipe e de todos nós que lá estávamos, pois trabalhei na SEC até aquele ano, disse que teriam muito trabalho para se aproximarem do excelente trabalho que estava sendo desenvolvido no município, na área da educação.
Feliz da secretária e sua equipe e principalmente das escolas e do município de Júlio de Castilhos que hoje conta com recursos de programas, principalmente federais que não existiam pelo menos até o ano de 2005, 2006. Até 2004 o orçamento municipal girava em torno de 12 milhões de reais, hoje é de 28 milhões; dá realmente para fazer muito, além dos equipamentos que são enviados diretamente às escolas, e não é por que estes recursos e programas não eram buscados, é porque hoje esta quantidade de recursos e programas se deve aos novos rumos que tomou a economia e a política brasileira, através de programas governamentais e da liberação de emendas parlamentares, que repito, não existiam. Nestas condições existem muitas pessoas capazes em nosso município que sem dúvida também fariam uma boa gestão. Não quero com isso deixar de valorizar as pessoas, as ações, os esforços e as realizações da atual administração. Quero dizer que há muitas pessoas capazes nesta terra. Os projetos antes eram elaborados somente para as áreas e nos escassos recursos previamente informados, nos formulários que o governo enviava, dentro da sua sistemática.
Não é só com paredes, pedras, asfalto, equipamentos e carros que se mede o nível de desenvolvimento, de felicidade e de auto-estima de uma comunidade; isto nos ajuda muito, mas o que realmente faz com que uma comunidade prospere e seja feliz é quando ela trabalha unida, cooperando mutuamente para o progresso coletivo, quando há respeito e valorização de todos.
Este é o papel de quem está na administração, em uma função pública, inclusive mantida com recursos de todos os cidadãos, cabendo a quem a exerce também incentivar e valorizar a todos, independentemente de partidos, raça, posição social e crença. Passada a eleição é preciso descer do palanque eleitoral e exercer a função de estadista, que está longe de promover a exaltação de uns e a destruição de outros e do que também fizeram em prol do desenvolvimento deste município.
Tudo passa em nossas vidas e o que fica são as nossas realizações e as boas relações, construídas no respeito e no espírito elevado.

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